quarta-feira, 20 de outubro de 2010

CASO MÉRCIA.

Caso Mércia: provas sofrem contestação.

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Dois funcionários do posto de combustível onde o vigia Evandro Bezerra da Silva trabalhava disseram nesta terça-feira (19) que viram o segurança no dia 23 de maio, quando Mércia Nakashima desapareceu, por volta de 19h30. Eles prestaram depoimento nesta tarde no Fórum de Guarulhos, na Grande São Paulo.

Segundo a testemunha Gentil José de Oliveira, que trabalha na loja de conveniência do estabelecimento, no dia 23, ele trabalhou até 20h e viu Evandro sair por volta de 19h30. A informação foi reforçada pelo funcionário que ocupava o cargo de segurança durante a noite, Alfeu Cardoso dos Santos, que disse que, naquele dia, chegou para trabalhar por volta de 19h40 e ainda viu Evandro no local.

Os dois depoimentos contradizem a prova produzida pela polícia com base nos registros de chamadas telefônicas de Evandro, que apontam que entre 18h58 e 19h42 do dia 23 de maio foram feitas ligações em regiões distantes do posto, que fica no bairro Presidente Dutra, em Guarulhos. Segundo o promotor Rodrigo Merli, as chamadas rastreadas mostram que ele estava nos bairros Bela Vista e Macedo, perto das casas de Mércia e da avó da vítima.

Por causa dessa contradição, o promotor requereu que o juiz apurasse o possível crime de falso testemunho dos dois funcionários do posto, mas o magistrado informou que este não era o momento para isso.

Defesa de Mizael
A maior parte das testemunhas de defesa do réu Mizael Bispo contrariou o depoimento de Cláudia Nakashima, irmã da vítima.  Ao menos dois colegas de faculdade do acusado, Matheus Ferreira Loureiro dos Santos e Marcos Rogério Manteiga, negaram que Bispo tenha ameaçado matar um professor da faculdade porque ele teria dado nota baixa para o réu.

A informação tinha sido dada por Cláudia na segunda-feira (18). Ela também disse ao juiz Leandro Bittencourt, que Bispo só foi eleito representante da sala porque não havia outras pessoas interessadas no cargo. Mas os dois colegas do réu que prestaram depoimento afirmaram que havia outras pessoas na disputa pelo posto.

Bate boca
Uma das testemunhas listadas pela defesa, Pedro Cantuária, foi contestada pela acusação. O promotor Rodrigo Merli alegou que o homem foi condenado por falsidade ideológica e por isso não deveria ser ouvido. O juiz não aceitou o pedido e ouviu a testemunha.

Antes, porém, o advogado de Mizael, Ivon Ribeiro, ao fazer as alegações para que Cantuária fosse ouvido, insinuou que as testemunhas de acusação Márcio e Cláudia Nakashima tinham mais processos que sua testemunha. O defensor também citou o delegado Antonio de Olim, dizendo que ele responde a processo por tortura.

Houve uma reação por parte do assistente da acusação, Alexandre de Sá Domingues, que disse que vai entrar com uma ação contra o Ribeiro para que ele esclareça as insinuações.

No momento, o juiz pediu que os advogados acabassem com as ironias se não ele mesmo faria uma representação contra eles.

Fonte: R7

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