sexta-feira, 22 de outubro de 2010

ELEIÇÕES 2010.

No RS, Serra diz que há ministérios que servem "só para empregar amigos"

"Tem excesso de cargos públicos para a companheirada", criticou o candidato

Atualizada às 21h01min Em entrevista a jornalistas de 20 veículos do Grupo RBS, nesta sexta-feira, o candidato tucano à Presidência, José Serra, defendeu a criação de um ministério da Segurança, caso seja eleito. Questionado sobre a real necessidade do órgão, o presidenciável criticou as pastas do governo atual.
Mauro Vieira / 
— Tem uma tonelada de ministérios inúteis só para empregar amigos — disse. O candidato ainda afirmou que deve investir em concursos públicos para aniquilar cargos desnecessários nos órgãos públicos:

— Tem excesso de cargos públicos para a companheirada.

Pela segunda vez no Estado desde o início da campanha do segundo turno, Serra também criticou o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST). Para o candidato, a entidade faz pregações políticas e "não pode receber dinheiro do governo e desprezar a Justiça".

Sobre as relações internacionais do país, o tucano alfinetou as políticas externas mantidas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, especialmente a aproximação com o presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad:

— Eu sou um sobrevivente da luta pelos direitos humanos. Você pode ter relação, mas não vai ter carinho por nenhum ditador.

Com os países vizinhos, Serra diz que pretende aprofundar a união comercial e afirmou que o governo brasileiro "deu um passo exagerado" no tratamento com o Mercosul.

O candidato afirmou que o país precisa de uma reforma política. Ele quer introduzir nos municípios o voto distrital para reduzir o custo das campanhas.

Saúde

Serra defendeu que a primeira coisa a ser feita pela saúde no país é aliviar a dívida das entidades filantrópicas.

— Vamos investir, em quatro anos, R$ 15 bilhões em saúde, sendo R$ 3 bilhões em saneamento de cidades com baixo IDH [Índice de Desenvolvimento Humano] e R$ 12 bilhões para hospitais regionais e UTIs — prometeu.

Contra a epidemia do crack, Serra diz que construirá comunidades terapêuticas e clínicas especializadas para o tratamento de dependentes da droga.

Copa de 2014

Entre as críticas ao governo Lula, Serra foi enfático ao falar das obras para a Copa do Mundo de 2014, que o Brasil sediará.

— Até agora, em matéria de Copa, não se fez nem um banheiro químico, foi só fru-fru — disse.

Para os jogos no Estado, o candidato disse que é necessária a construção de uma segunda ponte do Guaíba. Ele afirmou que as decisões devem ser tratadas em termos práticos.

O candidato também prometeu a construção de 400 quilômetros de metrô no país, começando pelo Rio Grande do Sul.

Privatizações

Foco das propagandas eleitorais da petista Dilma Rousseff, possíveis privatizações em um eventual governo foram desmentidas por Serra. O candidato disse que é "surrealista" o boato de que privatizaria a Petrobrás e o pré-sal.

— Quando eles falam que eu quero privatizar tem uma dupla mentira — defendeu-se o tucano.

Sobre as estatais, Serra ainda disse que a Petrobrás precisa ser melhor administrada e não "loteada".

A candidata do PT, Dilma Rousseff, também foi convidada para uma entrevista coletiva aos veículos do Grupo RBS, mas ainda não confirmou a data.

ZEROHORA.COM

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