segunda-feira, 18 de outubro de 2010

CASO ELIZA SAMÚDIO.

Bruno recebe a primeira visita íntima no presídio

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A dentista Ingrid Oliveira, noiva do goleiro Bruno Fernandes, foi visitá-lo na penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, neste sábado (16). Esta é a primeira visita íntima que Bruno recebe desde que foi preso.

Ingrid teve acesso ao presídio às 8h deste sábado, depois de enfrentar a fila de espera com outros parentes de presos. De acordo com a Secretaria de Estado de Defesa Social, a dentista vai ficar na penitenciária até a tarde de domingo (17).

Ela não quis falar sobre a denúncia que fez contra Ércio Quaresma, advogado de Bruno. Na semana passada, ela afirmou, no Rio de Janeiro, que estava sofrendo ameaças de Quaresma.

O inquérito que investigou o desaparecimento de Eliza Samudio, ex-amante do goleiro, foi concluído no final de julho deste ano. O goleiro Bruno e outras oito pessoas sob a suspeita dos crimes de homicídio, sequestro e cárcere privado, ocultação de cadáver, formação de quadrilha e corrupção de menores foram indiciados. Todos negaram as acusações, por meio de seus advogados.

Audiência

A audiência de instrução e julgamento do caso Eliza será retomada no dia 5 de novembro. O motivo da pausa, segundo o TJ-MG (Tribunal de Justiça de Minas Gerais), são as férias da juíza Marixa Fabiane Lopes Rodrigues, do Tribunal de Júri de Contagem.

Nessa data, serão ouvidos os policiais civis Vander Tavares Gomes e Marcelo da Mata. Eles participaram da investigação do sequestro e suposto assassinato da ex-amante do goleiro Bruno. Nos dias 8, 9 e 10 do mesmo mês prestarão depoimento os nove acusados do crime: Bruno, Dayanne Rodrigues do Carmo Souza, Marcos Aparecido dos Santos, Sérgio Rosa Sales, Luiz Henrique Ferreira Romão, Fernanda Gomes Castro, Flávio Caetano Araújo, Elenilson Vítor da Silva e Wemerson Souza.

Na sexta-feira (15), três testemunhas de defesa foram ouvidas no fórum de Contagem. Foram eles: o porteiro do condomínio do ex-goleiro do Flamengo, a camareira do motel onde o atleta e sua amante se hospedaram, e uma vizinha de Wemerson Souza – conhecido como Coxinha. 
De acordo com o TJ-MG, Bruno se emocionou e chorou contidamente no intervalo entre os depoimentos do porteiro e da vizinha de Coxinha.

Os delegados responsáveis pela investigação do caso Eliza, Edson Moreira, Wagner Pinto, Alessandra Wilker e Ana Maria Santos, foram dispensados pela juíza na quinta-feira (14). Eles participariam da continuação da audiência, mas o promotor Gustavo Fantini pediu que os depoimentos fossem suspensos. Segundo o TJ-MG, Fantini alegou que os delegados estão sendo acusados de “praticarem determinadas irregularidades durante o processo investigatório da denúncia do crime”. As irregularidades, se comprovadas, anulariam os depoimentos dos delegados, afirmou Fantini.

Na quinta (14), a empregada do sítio de Bruno Gilda Maria Alves e o policial civil Sirlan Verciani Guimarães prestaram depoimento. Ela afirmou que viu Eliza no sítio algumas vezes antes de deixar o local. Amigos do goleiro afirmaram que ela tinha ido viajar.

Desmaio e vômito
Na quarta-feira (13), Bruno voltou a passar mal durante a audiência, e foi levado para o Hospital Municipal da cidade. Sales, primo do goleiro, e Fernanda, amante de Bruno, também se sentiram mal. Os três foram atendidos por uma ambulância do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência). Segundo o TJ-MG, Bruno teve uma queda de pressão. Na manhã do mesmo dia, ele já havia passado mal, mas não precisou ser socorrido.

De acordo com informações do TJ-MG, Fernanda também teve uma queda pressão e desmaiou após saber que seu pedido de habeas corpus havia sido negado pelo desembargador Herbert Carneiro. Ela também foi levada ao Hospital Municipal de Contagem.

Bruno também havia passado mal durante a audiência do dia 7 deste mês. O atleta vomitou na frente da juíza Ana Paula Lobo Pereira de Freitas, da Vara Criminal e da Infância e da Juventude de Vespasiano. No dia anterior, o goleiro havia desmaiado durante a sessão, e foi encaminhado para o Pronto-Socorro João XXIII, onde foi medicado. Uma sinusite leve foi diagnosticada.

Quaresma, advogado de Bruno, entrou na Justiça com um pedido para que o goleiro cumpra prisão domiciliar, enquanto aguarda pelo julgamento.

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