sexta-feira, 8 de outubro de 2010

ELEIÇÕES 2010.

Mão Santa acusa "dilúvio" de dinheiro e cobra: "Criem vergonha, MP e PF"

Senador derrotado nas eleições cobra postura mais firme para investigar suposto derrame de dinheiro no Piauí.


Em aparte a pronunciamento no Senado nesta quinta-feira (7), o senador Mão Santa (PSC/PI), denunciou ter ocorrido "um dilúvio" de dinheiro nas eleições do dia 3 de outubro e cobrou empenho nas investigações do Ministério Público e Polícia Federal, a quem fez duras críticas. Derrotado no pleito, ele pediu que os responsáveis pelos dois órgãos "tomem vergonha" para apurar os fatos. 

Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

Mão Santa fazia um aparte ao pronunciamento do senador Jayme Campos (DEM/MT) e comentou a derrota de outros senadores de oposição ao Governo Federal, como Marco Maciel (DEM/PE), Tasso Jereissati (PSDB/CE) e Heráclito Fortes (DEM/PI). "Nos tombaram abruptamente. Mas isso é coisa do Ministério Público e Polícia Federal, que tá subserviente, sem moral. [...] Meditem, criem vergonha Polícia Federal e Ministério Público", disse o senador, pedindo que a imprensa publique sua fala.

Aliás, o senador ainda criticou esse setor. "Imprensa fraca, maldita, comprada. Digam a verdade".

Segundo Mão Santa, três candidatos do Estado, juntos, "possuem mais dinheiro que 90 cidades do Piauí". "Um dilúvio! Trezentas pesquisas feitas por eles e eu estava eleito", declarou o senador, afirmando estar vivendo em uma Plutocracia, sistema político em que o poder político seria exercido pelo grupo mais rico. 

Ainda no aparte, Mão Santa reclamou do dia em que votou em Parnaíba. Disse ter ido ao colégio com a esposa Adalgisa e intimidado por baionetas e fuzis, situação por ele classificada menor que as escoltas a um dos principais traficantes do país. "Nem Beira-Mar foi tão apontado", criticou. Outros alvos do senador foram as suspeitas sobre convênios do Governo do Estado e a suposta intervenção do ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, nas coligações.

Mão Santa se colocou na condição de mártir ao lado dos outros opositores derrotados nas eleições e pediu o início de um novo movimento. "Já perdi eleição e ganhei. Nunca perdi a dignidade, a vergonha. [...] Nós propiciamos ao Brasil essa reflexão. Fizemos nascer uma nova onda. Acabou a onda vermelha. Agora é a onda verde e amarela. Nós temos que salvar este país".

Fábio Lima
fabiolima@cidadeverde.com

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