terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

NOTICIAS INTERNACIONAIS - LÍBIA.

Kadhafi reaparece para desmentir rumores de que havia deixado a Líbia

Ditador líbio apareceu em imagens da TV estatal em sua casa, em Trípoli.
Testemunhas relatam centenas de mortes em protestos na capital.

Do G1, com agências internacionais
O ditador líbio, Muammar Kadhafi, apareceu ao vivo na TV estatal nesta segunda-feira (21) em imagens transmitidas de sua residência em Bab Al Azizia, na capital Trípoli.

A rápida aparição, na madrugada de terça-feira (22) no horário local, seria uma maneira de negar rumores que circularam mais cedo de que Kadhafi teria deixado o país.

"Estou em Trípoli e não na Venezuela", ele disse, de acordo com a emissora Al Arabiya.

Manifestações na Líbia pela saída de Kadhafi, no poder há 42 anos, deixaram dezenas de pessoas mortas, segundo relatos de testemunhas, após confrontos com as forças de segurança.
Muammar Kadhafi em imagem divulgada pela TV estatal líbia, na manhã de terça (22) no horário local (Foto: AP)
Muammar Kadhafi em imagem divulgada pela TV estatal líbia, na manhã de terça (22) no horário local (Foto: AP)
 
O vice-chanceler líbio, Jaled Kaim, já havia dito na TV que o coronel Muammar Kadhafi continua no país, desmentindo boatos de que o líder teria fugido para o exterior, em meio aos fortes protestos de rua que tomam o país africano nos últimos dias.

"O líder está na Líbia, assim como todas as autoridades do governo", disse o vice-ministro.
Mais cedo, o ministro das Relações Exteriores britânico, William Hague, havia afirmado ter obtido informações que indicavam que  Kadhafi viajou para a Venezuela.

Mas os governos líbio e venezuelano negaram a informação.

Grupo do ExércitoUm grupo de oficiais do Exército líbio divulgou um comunicado pedindo que seus companheiros "se juntem ao povo" e ajudem a derrubar Muammar Kadhafi, informou a rede de televisão Al Jazeera.

O canal de notícias disse também que os soldados fizeram um apelo para que o restante do Exército da Líbiax marche para a capital Trípoli.

A Líbia enfrenta uma onda de protestos de rua em várias cidades contra o coronel, no poder desde 1969, e a repressão aos manifestantes já teria matado centenas de pessoas, segundo grupos de defesa dos direitos humanos. As informações oficiais são poucas e evasivas.

Os protestos chegaram nesta segunda à capital, Trípoli, onde há relato de ataques aéreos e de mercenários armados a manifestantes nas ruas.

Testemunhas relatam um "massacre", com muitas mulheres entre os mortos. Há relatos de rajadas esporádicas de tiros.

Saif al Islam, filho de Kadhaffi, alegou que as forças armadas bombardearam depósitos de armas, longe de zonas urbanas, segundo a TV local.

Um porta-voz do Exército da Áustria informou à France Presse que o espaço aéreo sobre Trípoli estava fechado, mas depois as autoridades austríacas desmentiram a informação.

A secretária de Estado dos EUA, pediu o fim imediato do "banho de sangue" no país e se disse alarmada com a situação.

Também nesta segunda, a missão da Líbia na ONU anunciou o rompimento com o regime e apoio aos manifestantes, engrossando uma lista de deserções que inclui diplomatas, militares, líderes tribais e líderes religiosos.

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