terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

RIO DE JANEIRO - MUDANÇA DE COMANDO.

Nova chefe de polícia do Rio diz que seu desafio é lutar pelos bons policiais

Marta Rocha substituiu Allan Turnowski, que deixou o cargo nesta manhã.
Ex-braço direito dele foi preso na Operação Guilhotina na sexta-feira.

Aluizio Freire Do G1 RJ
Delegada Marta Rocha e Beltrame (Foto: Aluizio Freire/G1)
Nova chefe de Polícia Civil, delegada Marta Rocha, e o secretário de Segurança José Mariano Beltrame, durante coletiva na noite desta terça-feira (15) (Foto: Aluizio Freire/G1)
 
A nova chefe de polícia civil do Rio de Janeiro, Marta Rocha, disse nesta terça-feira (15) que o grande desafio é lutar pelos bons policiais da instituição. Na primeira entrevista coletiva após o anúncio do seu nome para o cargo, a delegada afirmou que é importante que a polícia tenha uma corregedoria forte.
"Acho que a gente tem que ter uma polícia bem treinada, qualificada. Acho que temos que ter sim, uma corregedoria forte. O bom policial não teme a corregedoria forte. Ele deseja uma corregedoria forte", disse.

E acrescentou: "Vejo o desafio pelos bons policiais que existem. Os bons policiais exigem de seu chefe de polícia dedicação, competência, coragem, abnegação. Então, eu vejo o desafio por esses bons policiais. Por cada homem e mulher que a cada dia no seu plantão demonstra competência e coragem. A gente quer fortalecer a ponta, levar uma eficiência no atendimento. Então eu prefiro ver o desafio  por aquele que quando a instituição é atingida também se sente atingido.”

Sobre sua equipe, Marta Rocha afirmou que já pensou em alguns nomes e que amanhã (quarta-feira) ela e o secretário de Segurança Pública do estado, José Mariano Beltrame, devem começar a definir os quadros. “Nunca me vi como chefe de polícia, por isso, não tenho os nomes de uma equipe dentro da bolsa,” disse.

Ao apresentar a nova chefe de polícia aos jornalistas, Beltrame fez também elogios ao seu antecessor, Allan Turnowski, que deixou o cargo no início da tarde.

“A delegada tem uma história de 29 anos de polícia. Será muito difícil por estar substituindo um grande policial, um homem que deixou a sua marca e isso só aumenta a sua responsabilidade, mas ela está afinada com os horizontes que estamos implantando na secretaria de segurança. Fiz várias consultas e pesquisas e o nome da senhora foi praticamente uma unanimidade," disse.

Saída 4 dias após Operação Guilhotina
A saída de Turnowski acontece dias após a Operação Guilhotina, na qual foram presos 30 policiais militares ou civis, que ajudavam traficantes, milicianos e contraventores, com informações sobre as operações policiais, negociando material de apreensão e até dando proteção a criminosos.

Entre os presos está o delegado Carlos Oliveira, ex-braço direito de Allan Turnowski. O então chefe de Polícia Civil chegou a ser chamado para prestar esclarecimentos na sexta-feira (11) passada.
Draco
A Delegacia de Repressão contra o Crime Organizado (Draco) do Rio amanheceu fechada pelo segundo dia consecutivo, nesta terça-feira (15), no Centro da cidade.

Na segunda-feira (14), primeiro dia em que a delegacia passou a ficar subordinada diretamente à Secretaria de Segurança, e não mais à Polícia Civil, Allan Turnowski entregou à Corregedoria Interna de Polícia (Coinpol), documentos de investigações que, segundo ele, apontam irregularidades na Draco, e comprometeriam o delegado Cláudio Ferraz e um inspetor.

Ferraz ajudou na Operação Guilhotina, que prendeu o delegado Carlos Oliveira, ex-subchefe operacional da Polícia Civil, que respondia na hierarquia apenas a Turnowski.

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