Eleição presidencial no Haiti vai ao 2º turno; país registra protestos
Segundo turno entre Manigat e Celestin deverá ocorrer no dia 16 de janeiro.
Protestos violentos já são registrados por todo o país.
Militantes fazem barricadas nas ruas da capital
Porto Príncipe. (Foto: Thony Belizaire / AFP)
Porto Príncipe. (Foto: Thony Belizaire / AFP)
Em algumas partes de Porto Príncipe se escutavam disparos logo depois da informação de que haverá um segundo turno em janeiro, entre a ex-primeira-dama Mirlande Manigat e o tecnocrata Jude Celestin, já que nenhum candidato obteve maioria nas eleições de 28 de novembro.
Segundo as autoridades eleitorais, Manigat teve 31,37% dos votos e Celestine, 22,48%.
A Embaixada dos Estados Unidos no Haiti divulgou um comunicado em que levanta dúvidas sobre os resultados, sugerindo que eles podem não ser consistentes com 'o desejo do povo haitiano'.
Manifestantes partidários do terceiro colocado, o popular músico Michel Martelly, ergueram barricadas com pneus em chamas no distrito de Petionville e num acampamento lotado de sobreviventes do terremoto de 12 de janeiro, perto do palácio presidencial, disseram testemunhas. Martelly teve menos de 1 ponto porcentual de diferença em relação ao segundo colocado, Celestine.
Policiais fortemente armados patrulhavam as ruas da capital e, apontando armas, forçaram alguns dos manifestantes a desmontar as barricadas.
As eleições presidenciais e parlamentares foram realizadas em meio a protestos contra irregularidades na organização e fraude.
Militante percorre armado as ruas de Porto Príncipe após anúncio de segundo turno. (Foto: Thony Belizaire / AFP)
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