segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

POBRE BRASIL VERMELHO - ALTA DE JUROS.

Mercado continua prevendo aumento de juros para janeiro.

Expectativa é de elevação de 0,5 ponto percentual, para 11,25% ao ano.
Estimativa para o IPCA deste ano sobe pela 13ª semana, para 5,85%.

Alexandro Martello Do G1, em Brasília
 
Os economistas do mercado financeiro continuam prevendo que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, após manter os juros estáveis em 10,75% ao ano na última semana, voltará a elevar a taxa básica da economia em janeiro deste ano, na primeira reunião de Alexandre Tombini no comando da autoridade monetária.

A informação foi divulgada nesta segunda-feira (13) pelo próprio BC, por meio do relatório de mercado, também conhecido como Focus, fruto de pesquisa com os analistas na semana passada. A previsão do mercado é de que os juros avancem para 11,25% ao ano em janeiro. Em março, a estimativa é de que a taxa suba para 11,75% ao ano e, em abril, para 12,25% ao ano - patamar no qual fecharia 2011.

Metas de inflação
No Brasil, vigora o sistema de metas de inflação, pelo qual o BC tem de calibrar os juros para atingir as metas pré-estabelecidas. Para 2010 e 2011, a meta central de inflação é de 4,5%, com um intervalo de tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo.

Deste modo, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) pode ficar entre 2,5% e 6,5% sem que a meta seja formalmente descumprida. Com isso, as estimativas do mercado estão acima da meta central para os dois anos, mas dentro do intervalo de tolerância de dois pontos percentuais. Neste momento, o BC já está calibrando os juros pensando em 2011.

IPCA
O mercado financeiro voltou a elevar, na última semana, a sua estimativa para o IPCA deste ano, que avançou de 5,78% para 5,85%. Essa foi a décima terceira semana seguida de aumento da previsão. Ao mesmo tempo, a expectativa dos analistas para o IPCA de 2011 subiu de 5,20% para 5,21%. Deste modo, ambas estão acima da meta central (de 4,5%), mas dentro do intervalo de tolerância do sistema de metas (entre 2,5% e 6,5%).

Crescimento econômico
O mercado financeiro subiu, na semana passada, a sua estimativa para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2010 de 7,54% para 7,61%. Se confirmada, será a maior expansão desde 1985 (7,85%). Para 2011, a previsão do mercado de crescimento da economia brasileira foi mantida em 4,5%.

Taxa de câmbio
Nesta edição do relatório Focus, a projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2010 caiu de R$ 1,71 para R$ 1,70 por dólar. Para o fechamento de 2011, a previsão dos analistas para a taxa de câmbio permaneceu em R$ 1,75 por dólar.

Balança comercial
A projeção dos economistas do mercado financeiro para o superávit da balança comercial (exportações menos importações) em 2010 recuou de US$ 16,24 bilhões para US$ 16,1 bilhões na semana passada.
Para 2011, o BC revelou nesta terça-feira que a previsão dos economistas para o saldo da balança comercial permaneceu estável US$ 8 bilhões de superávit.

No caso dos investimentos estrangeiros diretos, a expectativa do mercado para o ingresso de 2010 foi mantida em US$ 30 bilhões. Para 2011, a projeção de entrada de investimentos no Brasil subiu de US$ 37,5 bilhões para US$ 38 bilhões.

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