quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

POBRE PIAUI VERMELHO.

Quadrilha usa nome de órgãos e dá golpe dentro da sede da Prefeitura.

Golpistas usaram o Palácio da Cidade para tomar mais de R$ 6 mil de comerciante do interior do Maranhão.


Uma quadrilha usou os nomes da Secretaria Estadual de Fazenda e de Planejamento de Teresina para aplicar golpes. O caso registrado nesta terça-feira (7) no 1º Distrito Policial teve como vítima um comerciante de Caxias/MA, que veio ao Piauí comprar mercadorias supostamente apreendidas em operações fazendárias. Os estelionatários fizeram a transação dentro do Palácio da Cidade, e lesaram o pequeno empresário em mais de R$ 6 mil.

Thiago Amaral
Lista de produtos que seriam vendidos foi entregue pela vítima no 1º DP

No dia 2, um homem se apresentou como Robson em Caxias/MA e entregou uma carta a Sebastião da Costa Pereira. Nela, o comerciante pode ler a lista com produtos para sua mercearia, que poderiam ser adquiridos a um preço mais em conta. Robson negociou a venda da mercadoria e marcou o encontro para entrega na Secretaria de Planejamento de Teresina, o que ocorreu ontem.

Sebastião e o amigo Fernando vieram a Teresina e entregaram, dentro do prédio público, R$ 6.250 mil pela compra e R$ 320 como 5% de comissão. Acompanhado de duas mulheres, uma delas apresentada como Patrícia, um outro homem, que se identificou como Roberto, recebeu o pagamento em espécie e avisou que iria acionar a segurança para abrir o portão e liberar a mercadoria. Duas horas depois, ninguém apareceu, e o comerciante percebeu a cilada. 

A vítima procurou a segurança da Prefeitura, que confirmou a existência de um Robson entre os funcionários. No entanto, seu Sebastião afirmou que não se trata da mesma pessoa. Daí foi levantada a suspeita de que a quadrilha também sabe nomes de quem trabalha na Prefeitura para usá-los nos golpes. 

Não caia no golpe: Sefaz e PMT esclarecem 
A Secretaria de Fazenda explica que mercadorias apreendidas são acumuladas para serem vendidas somente em leilão, processo que conta com contratação de leiloeiro e outros trâmites burocráticos. A carga que for perecível é doada para instituições de caridade. A Sefaz alerta possíveis vítimas de que não há venda direta, muito menos em dinheiro, de produtos retidos por irregularidades.

Já a Prefeitura de Teresina explica que o prédio do Palácio da Cidade é público, e a entrada de qualquer cidadão não pode ser impedida. Ainda assim, alerta que nada é armazenado em nenhum órgão: empresas são contratadas por licitação e fornecem os produtos diretamente para escolas, hospitais, etc. Transações financeiras em espécie são proibidas. 

Flalrreta Alves (flash do 1º DP, especial para o Cidadeverde.com)
Fábio Lima (da Redação)
redacao@cidadeverde.com

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