EUA movem 2 navios militares para próximo da Líbia, diz Pentágono
Centenas de militares ajudariam na retirada de civis e na entrega de ajuda.
Militares dos EUA estudam 'série de opções' para lidar com regime Kadhafi.
Os EUA estão analisando uma "série de opções" para lidar com a crise na Líbia, disseram nesta terça-feira (1º) autoridades do Departamento de Defesa, mas nenhuma decisão foi tomada ainda.
O secretário de Defesa, Robert Gates, disse que o Pentágono estava movendo dois navios anfíbios de guerra e centenas de fuzileiros para próximo à costa da Líbia, no Mar Mediterrâneo, onde eles ajudariam na retirada de civis e na entrega de ajuda humanitária, se necessário.
O almirante Mike Muller, chefe do Estado Maior das Forças Armadas, disse que a administração Obama está estudando "uma grande série de opções" para lidar com o pressionado regime do coronel Muammar Kadhafi, pressionado por uma crescente revolta popular. Mas nenhuma decisão foi tomada, segundo ele.
Autoridades egípcias afirmaram que os navios seriam o USS Kearsarge, que pode levar 2.000 tropas, e o USS Ponce. Eles passaram pelo canal de Suez na manhã desta quarta, pelo horário local, na direção do Mediterrâneo.
Comandantes militares americanos informaram nesta terça que não havia consenso até o momento, na Otan, para uma intervenção militar na Líbia e que a colocação em prática de uma zona de exclusão aérea seria "extraordinariamente" complicada.
"Minha opinião militar é que isso seria desafiador", disse o general James Mattis, chefe do Comando Central dos EUA, durante uma audiência no Senado.
"Você teria que remover a capacidade de defesa aérea para estabelecer uma zona de exclusão, então não devemos nos iludir. Seria uma operação militar -não seria apenas dizer às pessoas para não voar em aviões."
Já o novo ministro das Relações Exteriores da França, Alain Juppé, assegurou nesta terça-feira ante a Assembleia Nacional (câmara de Deputados) que não haverá uma intervenção militar na Líbia sem um mandato claro das Nações Unidas.
A repressão aos rebeldes que tentam derrubar Kadhafi -no poder desde 1969- gerou caos no país, com centenas de mortes, muitos feridos e colapso na fronteira com a Tunísia por conta da fuga de moradores em pânico.
Kadhafi enviou forças para uma zona de fronteira no oeste do país, enquanto seu filho Saif al Islam repetiu que o veterano governante não renunciará nem partirá para o exílio.
O coronel já perdeu o controle sobre grande parte do país, após duas semanas de revolta, a mais sangrenta na atual onda de levantes no mundo árabe.
Em Moscou, uma fonte do Kremlin sugeriu que Kadhafi deveria renunciar, pois se trata de "um cadáver político vivo".
O primeiro-ministro britânico, David Cameron, considerou inaceitável que o "coronel Gaddafi esteja assassinando sua própria gente, usando aviões e helicópteros armados".
Em depoimento lido a parlamentares norte-americanos, a secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, afirmou que "a Líbia pode se tornar uma democracia pacífica, ou pode enfrentar uma prolongada guerra civil".
A embaixadora norte-americana na Organização das Nações Unidas (ONU), Susan Rice, disse que os EUA continuarão a aplicar pressão sobre Kadhafi até que ele caia, trabalhando para estabilizar os preços do petróleo e evitar uma crise humanitária.
Analistas dizem que os líderes ocidentais não têm nenhum apetite por um conflito na Líbia, depois dos exaustivos e complicados envolvimentos militares no Afeganistão e no Iraque.
"Eles ficarão desesperados para não se colocarem nessa situação, a não ser que do contrário isso resulte em massacres ainda piores", disse Shashank Joshi, do Real Instituto de Serviços Unidos, de Londres.
ONU faz apelo
A agência de refugiados da ONU e um grupo internacional de migração fizeram nesta terça um apelo urgente para a retirada em massa de milhares de pessoas que se dirigem à Tunísia fugindo da revolta na Líbia.
"A Organização Internacional para a Migração e o Alto Comissariado das Nações Unidas para os refugiados fazem um apelo urgente aos governos para uma ajuda à retirada humanitária em massa de milhares de egípcios e de cidadãos de outros países que fogem para a Tunísia da Líbia", afirmaram as duas agências em um comunicado.
Mais de 75 mil pessoas cruzaram a fronteira com a Tunísia desde 19 de fevereiro, e mais 40 mil aguardam do lado líbio para entrar na Tunísia.
"As duas organizações consideram esta operação essencial, num momento em que a superlotação da fronteira piora a cada hora", afirmaram.
O secretário de Defesa, Robert Gates, disse que o Pentágono estava movendo dois navios anfíbios de guerra e centenas de fuzileiros para próximo à costa da Líbia, no Mar Mediterrâneo, onde eles ajudariam na retirada de civis e na entrega de ajuda humanitária, se necessário.
O almirante Mike Muller, chefe do Estado Maior das Forças Armadas, disse que a administração Obama está estudando "uma grande série de opções" para lidar com o pressionado regime do coronel Muammar Kadhafi, pressionado por uma crescente revolta popular. Mas nenhuma decisão foi tomada, segundo ele.
Autoridades egípcias afirmaram que os navios seriam o USS Kearsarge, que pode levar 2.000 tropas, e o USS Ponce. Eles passaram pelo canal de Suez na manhã desta quarta, pelo horário local, na direção do Mediterrâneo.
Comandantes militares americanos informaram nesta terça que não havia consenso até o momento, na Otan, para uma intervenção militar na Líbia e que a colocação em prática de uma zona de exclusão aérea seria "extraordinariamente" complicada.
O navio de guerra USS Kearsarge é visto no Mar Vermelho em 16 de fevereiro (Foto: AFP PHOTO / US NAVY)
"Minha opinião militar é que isso seria desafiador", disse o general James Mattis, chefe do Comando Central dos EUA, durante uma audiência no Senado.
"Você teria que remover a capacidade de defesa aérea para estabelecer uma zona de exclusão, então não devemos nos iludir. Seria uma operação militar -não seria apenas dizer às pessoas para não voar em aviões."
Já o novo ministro das Relações Exteriores da França, Alain Juppé, assegurou nesta terça-feira ante a Assembleia Nacional (câmara de Deputados) que não haverá uma intervenção militar na Líbia sem um mandato claro das Nações Unidas.
A repressão aos rebeldes que tentam derrubar Kadhafi -no poder desde 1969- gerou caos no país, com centenas de mortes, muitos feridos e colapso na fronteira com a Tunísia por conta da fuga de moradores em pânico.
Kadhafi enviou forças para uma zona de fronteira no oeste do país, enquanto seu filho Saif al Islam repetiu que o veterano governante não renunciará nem partirá para o exílio.
O coronel já perdeu o controle sobre grande parte do país, após duas semanas de revolta, a mais sangrenta na atual onda de levantes no mundo árabe.
Em Moscou, uma fonte do Kremlin sugeriu que Kadhafi deveria renunciar, pois se trata de "um cadáver político vivo".
O primeiro-ministro britânico, David Cameron, considerou inaceitável que o "coronel Gaddafi esteja assassinando sua própria gente, usando aviões e helicópteros armados".
Em depoimento lido a parlamentares norte-americanos, a secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, afirmou que "a Líbia pode se tornar uma democracia pacífica, ou pode enfrentar uma prolongada guerra civil".
A embaixadora norte-americana na Organização das Nações Unidas (ONU), Susan Rice, disse que os EUA continuarão a aplicar pressão sobre Kadhafi até que ele caia, trabalhando para estabilizar os preços do petróleo e evitar uma crise humanitária.
Analistas dizem que os líderes ocidentais não têm nenhum apetite por um conflito na Líbia, depois dos exaustivos e complicados envolvimentos militares no Afeganistão e no Iraque.
"Eles ficarão desesperados para não se colocarem nessa situação, a não ser que do contrário isso resulte em massacres ainda piores", disse Shashank Joshi, do Real Instituto de Serviços Unidos, de Londres.
A agência de refugiados da ONU e um grupo internacional de migração fizeram nesta terça um apelo urgente para a retirada em massa de milhares de pessoas que se dirigem à Tunísia fugindo da revolta na Líbia.
"A Organização Internacional para a Migração e o Alto Comissariado das Nações Unidas para os refugiados fazem um apelo urgente aos governos para uma ajuda à retirada humanitária em massa de milhares de egípcios e de cidadãos de outros países que fogem para a Tunísia da Líbia", afirmaram as duas agências em um comunicado.
Mais de 75 mil pessoas cruzaram a fronteira com a Tunísia desde 19 de fevereiro, e mais 40 mil aguardam do lado líbio para entrar na Tunísia.
"As duas organizações consideram esta operação essencial, num momento em que a superlotação da fronteira piora a cada hora", afirmaram.
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