quarta-feira, 24 de novembro de 2010

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Prorrogada prisão de juiz e mais 9 acusados de grilagem de terra

OPERAÇÃO MERCADORES: Suspeitos seriam soltos meia-noite, mas ficarão presos por mais cinco dias.


Thiago Amaral
Juiz de Parnaguá continuará preso; Em depoimento, ele alegou inocência

O desembargador Luiz Gonzaga Brandão de Carvalho acatou pedido do Ministério Público e prorrogou a prisão temporária do juiz Carlos Henrique de Sousa Teixeira, da comarca de Parnaguá, e mais nove pessoas acusadas de grilagem de terras. Apenas uma delas não foi presa durante a Operação Mercadores, deflagrada pela Polícia Federal na semana passada no Piauí, Maranhão, Distrito Federal e Minas Gerais.

A decisão de prorrogar a prisão foi anunciada pelo próprio desembargador durante o Jornal Cidade Verde desta terça-feira (23). Com isso, os nove acusados, que poderiam ser soltos a meia-noite, continuarão detidos. "Nesses termos, entendo que não pode pairar dúvidas sobre a lisura da Justiça, e reconhecendo no conjunto investigatório já colhido, entre outros na interceptação telefônica presente nos autos, a realização de atos imprescindíveis para a investigação, entendo cabível a prorrogação requerida pelo Ministério Público", disse Brandão em sua decisão.

Yala Sena/Cidadeverde.com
Desembargador Luiz Gonzaga Brandão de Carvalho prorrogou prisão

Além do juiz, tiveram suas prisões temporárias prorrogadas Abdias Moraes Neto, Arquimedes Sampaio Filho, Cecílio de Oliveira Cruz, Philadelfo da Silva Corado Neto, Getúlio Vargas Gomes da Fonseca, Eomar Petersen de Albuquerque, Francisco Dantas Gomes, Marcos Vinícius de Aguiar e Richard Tomas Lopes. Já foi encaminhado ofício da decisão para a Polícia Federal e o quartel do Comando Geral da Polícia Militar, onde estão os presos. A lista inclui empresários, lobistas e um bacharel em Direito.

Fotos: Thiago Amaral
Um dos acusados no momento em que chegava na sede da PF/PI

De acordo com o desembargador, as investigações devem avançar com a análise de armas e documentos novos apreendidos pela polícia. "É um manacial de provas que agora vai começar realmente a fluir, e o processo vai ser encaminhado nos trilhos para que as coisas andem até o final do julgamento", acrescentou.

Investigações da Polícia Federal sobre tráfico de drogas levaram à suposta quadrilha, que pretenderia lucrar R$ 30 milhões com grilagem de terras. Os envolvidos são acusados de falsidade ideológica, lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e venda de sentenças para beneficiar agropecuaristas com a venda de terras do governo.

Eli Lopes (TV Cidade Verde)
Fábio Lima (da Redação)

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