Repórter do G1 conta, em foto e texto, como foi ocupação do Alemão
Ela passou dez horas no local e acompanhou a operação da polícia.
Ao ouvir os primeiros tiros, não dava para saber se já era o confronto, relata.
Movimentada viela na Favela da Grota ficou vazia
neste domingo (28) (Foto: Thamine Leta/G1)
neste domingo (28) (Foto: Thamine Leta/G1)
O Conjunto do Alemão possui 15 favelas, cada uma delas com muitas entradas.
Eu estava com um colete a prova de balas. Tínhamos que nos abaixar e ficar escondidos. O lugar mais protegido era perto de uma base que a polícia mantém na estrada da Favela da Grota. Nessa área, não tinha mais comércio e estava tudo vazio.
Quando começou o tiroteio, não sabíamos se eram apenas tiros da polícia ou se era um confronto mesmo com os traficantes. Pela intensidade é que percebemos que se tratava de um confronto.
Às 7h15, o tiroteio parou. Foi quase meia hora sem tiros, até que polícia, Bope e Exército começaram a subir o morro, por volta das 7h50. Nessa hora, começou um novo confronto intenso e procuramos, novamente, um lugar para nos proteger. Lá pelas 10h, a polícia começou a descer o morro com suspeitos de tráfico, drogas, armas e outros materiais dos traficantes.
A partir das 11h, as ruas ficaram bem movimentadas. Além dos policiais, curiosos e "corajosos" saíram de suas casas para ver a movimentação. Muitos ficaram observando pela janela a operação no complexo.
Fui embora às 14h45, quando a polícia prendeu o traficante Zeu, um dos condenados pelo assassinato do jornalista Tim Lopes.
Amanhecer no Complexo do Alemão horas antes do início da operação da polícia (Foto: Thamine Leta/G1)
Rua no Complexo do Alemão amanhece com bandeira pedindo 'paz' (Foto: Thamine Leta/G1)
Rua vazia no Complexo do Alemão, por volta das 9h (Foto: Thamine Leta/G1)
Militares posicionados durante a ocupação do Complexo do Alemão (Foto: Thamine Leta/G1)
Policial durante a ação no Complexo do Alemão neste domingo (28) (Foto: Thamine Leta/G1)
Blindado do Exército ajuda em operação no Complexo do Alemão (Foto: Thamine Leta/G1)
Helicópteros da polícia sobrevoam o morro por volta das 10h; no total, quatro foram usados na ação (Foto: Thamine Leta/G1)
Por volta das 11h, os mais 'corajosos' começaram a sair de casa (Foto: Thamine Leta/G1)
Com os conflitos no local desde quinta-feira (25), lixo não é recolhido (Foto: Thamine Leta/G1)
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