terça-feira, 30 de novembro de 2010

POBRE BRASIL VERMELHO - RIO DE JANEIRO - PERMANÊNCIA.

Cabral pede permanência de 2 mil militares no Complexo do Alemão

Governador quer que homens das Forças Armadas ficam até julho de 2011.
Ele disse que a presidente eleita está 'satisfeita' com parceria.

Natália Passarinho Do G1, em Brasília
Após se reunir por mais de três horas com a presidente eleita, Dilma Rousseff, o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, disse nesta segunda-feira (29) que vai solicitar ao Ministério da Defesa um contingente de dois mil homens das Forças Armadas para fazer patrulhamento nas favelas do Complexo do Alemão até julho de 2011, quando, segundo ele, será possível implementar uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) na localidade.

O governador explicou que a permanência de militares é necessária no primeiro semestre do próximo ano porque não há, atualmente, efetivo suficiente de policiais militares para montar a UPP. “As forças [federais] que fazem hoje o trabalho solicitado por nós fazem um trabalho de contenção. Outra coisa é o trabalho de patrulhamento. Por força do efetivo que precisamos para isso, nós teremos nesse processo de transição, até a chegada da nossa UPP, no final do primeiro semestre, um efetivo do Ministério da Defesa. Em torno de dois mil homens”, afirmou.

 
Cabral elogiou a parceria entre forças policiais estaduais e federais na ocupação da Vila Cruzeiro e do Morro do Alemão. Segundo ele, a atuação da Polícia Federal e das Forças Armadas deverá ser solicitada em outras operações de combate ao tráfico no estado.

“Esse modelo que estamos implementando é um modelo que existe há dois anos. É um modelo que as Unidades de Polícia Pacificadora se mantém. Agora, com essa novidade nesse momento complexo do [Morro do] Alemão e Vila Cruzeiro, para outras comunidades que sejam igualmente complexas, o que a gente percebe, o que sente, é essa parceria, essa camaradagem, essa aliança para o bem.”

O governador disse ainda que Dilma está “satisfeita com esse modelo de integração”. De acordo com ele, a parceria deve continuar no futuro governo. “Quando o poder do Estado de Direito democrático se articula, o poder marginal se assusta. A grande vitória dessa operação é que tivemos juntos Polícia Militar, Polícia Civil, Polícia Federal, Forças Armada juntos auxiliando uma política de segurança pública do estado. Não ficou aquela falsa dicotomia, de que sai o estado e entra o governo federal ou sai o governo federal e fica só o estado.”

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