quarta-feira, 17 de novembro de 2010

CASO ELIZA SAMÚDIO.

Sanguinetti reafirma que ‘morte de Eliza é homicídio virtual'

Perito foi ouvido em Alagoas a pedido da Justiça de Minas.
Segundo ele, não há provas de homicídio.

Do G1 MG
 
Por solicitação da juíza Marixa Fabiane Lopes Rodrigues, do Tribunal do Juri de Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, a Justiça de Alagoas ouviu, nesta quarta-feira (17), o médico-perito George Samuel Sanguinetti. O teor do depoimento vai ser remetido ao fórum de Contagem, onde corre o processo que investiga o desaparecimento e morte de Eliza Samudio, ex-namorada do goleiro Bruno Fernandes.

Sanguinetti declarou em depoimento que é um “homicídio virtual” o caso investigado pela Polícia Civil de Minas Gerais, hoje em fase processual. Ele foi arrolado como testemunha de defesa de Marcos Aparecido dos Santos, o Bola. Segundo o perito, ele não localizou nenhuma prova concreta sobre a morte de Eliza. A declaração já havia sido dada por ele anteriormente, quando esteve na casa de Bola, em Vespasino, e no sítio do goleiro Bruno, em Esmeraldas, onde coletou materiais. O trabalho foi feito cerca de um mês após o dia 10 de junho, considerado a data da morte de Eliza pela polícia. Sanguinetti foi contratado pelo advogado Zanone Manuel de Oliveira Júnior, que defende o acusado Bola, para analisar laudos feitos pelo Instituto de Criminalística de Minas Gerais.
 
Consta no inquérito que Eliza teria sido mantida em cárcere privado no sítio do goleiro e executada na casa de Bola. O menor apreendido por envolvimento no caso declarou no começo das investigações que partes do corpo de Eliza foram comidas por cães. Posteriormente, o menor afirmou que tudo não passava de uma invenção dele.

Segundo Sanguinetti, “não é possível desossar alguém e não existir qualquer vestígio de sangue no local do cometimento do fato”. Ele questionou a veracidade das declarações, referindo-se ao fato de o adolescente ter mudado de versão. Ainda segundo Sanguinetti, “não foi encontrada nenhuma comprovação de que o local do delito tenha sido higienizado”, de modo a ocultar provas.

Nesta quarta-feira (17), outras seis testemunhas foram ouvidas no Rio de Janeiro e uma em São Paulo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário