A MÃE NATUREZA.

Encontro das águas dos rios Negro e
Solimões é declarado patrimônio cultural

Escolha foi feita por conselho ligado ao Iphan e garantirá investimentos na região

Do R7, com Efe

Antonio Lacerda/Efe

Encontro das águas, fenômeno natural entre os rios Negro e Solimões, foi considerado patrimônio cultural pelo Iphan

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O chamado encontro das águas, fenômeno natural na confluência entre os rios Negro e Solimões para formar o Amazonas, foi declarado patrimônio cultural brasileiro. A escolha foi feita pelo Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural, do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Brasil).

O rio Negro, de águas escuras e transparentes, junta-se ao Solimões, de águas turvas e o espetáculo atrai anualmente milhares de turistas para Manaus.

O Iphan declarou o encontro dos dois rios como patrimônio cultural pelo "caráter excepcional do fenômeno e seu alto valor como paisagem". Como esta condição, o encontro das águas poderá ser favorecido com projetos governamentais para garantir sua preservação e promover seu desenvolvimento como atração turística.

Segundo o Iphan, a intenção é poder captar recursos e financiar projetos que garantam as margens e a paisagem ao longo dos dez quilômetros em que as águas escuras correm paralelas às turvas antes de se fundirem em um único rio.

O fenômeno, uma das principais atrações de Manaus, deve-se à diferença na densidade, na temperatura e na velocidade das águas dos dois rios.

Enquanto o rio Negro corre a 2 km/h e tem uma temperatura de 22 °C, o Solimões alcança até 6 km/h e tem uma temperatura de 28 ºC.

Além do encontro das águas, os 22 conselheiros do Iphan declararam como patrimônios culturais do país o monumento aos Mortos da Segunda Guerra Mundial, no Rio de Janeiro, e o centro histórico de São Félix, na Bahia.