quarta-feira, 13 de abril de 2011

MASSCRE NO RIO DE JANEIRO - REALENGO

Vítima de ataque no RJ dorme com os pais na primeira noite após alta

Ele conta que está sendo paparicado desde que voltou para casa.
Menino recebeu a visita de amigos nesta terça-feira (12).

Do G1 RJ
Na primeira noite em casa após ter alta do Hospital Estadual Albert Schweitzert, o menino Carlos Matheus, de 13 anos, foi paparicado e dormiu junto com seus pais. Ele foi uma das vítimas do ataque à Escola Municipal Tasso da Silveira, em Realengo, na Zona Oeste do Rio.

"Dormiu todo mundo junto no quarto. Eles dormiam em cama separadas, mas a gente fez questão de dormir junto", diz a mãe, Carla Daniele Vilhena de Souza, que lembrou: "agora ele tem dois aniversários, 18 de dezembro e 7 de abril".

Ainda assustado, ele conta que o mimo da família é a melhor coisa desde o ataque. "Está tudo ótimo. Toda hora minha mãe vem me dar comida na boca, me deixa ficar no computador o dia todo. É uma ótima ideia isso, foi a melhor coisa que aconteceu até agora", aproveita Carlos Matheus.
Jovem recebeu alta na segunda-feira (Foto: Patrícia Kappen/G1)
Jovem se recupera de ferimentos no braço e no peito (Foto: Patrícia Kappen/G1)
Terça-feira de visitas

Na manhã desta terça-feira (12) os amigos de Carlos foram visitá-lo em sua casa. Ele era amigo de dez das doze vítimas do atirador Wellington Menezes de Oliveira. Duas das vítimas que permanecem internadas são amigos que estavam do seu lado na hora em que foi atingido.

"Quero que eles saiam logo. Vamos marcar um churrasco aqui, conversar, ficar no computador. Depois, só Deus sabe", disse o menino.
Menino está com medo de voltar para escola

Carlos Matheus estudava há três anos no mesmo colégio, que fica a duas quadras de onde mora. Agora, está com medo de voltar para a escola e seus pais não sabem como resolver o problema.

“A gente conversou com as autoridades, e eles falaram: ‘a gente transfere ele para outra escola da região’. Mas aqui não tem nenhuma escola que preste”, disse Carla de Souza.

'Foi aterrorizante', diz mãe
A mãe contou ficou sabendo pelo sogro que o filho tinha sido atingido. “Quando cheguei na escola ele já tinha ido para o hospital. Fui a primeira mãe a chegar lá. Foi aterrorizante. Mas graças a Deus a gente já está em casa".

Enquanto estava no hospital, Carlos Matheus lembra de se preocupar com as outras vítimas da tragédia. “Só queria melhorar e falar com meu amigo Diego”, disse, explicando que um colega também está internado no hospital. “Eles não me deixaram ver ele, mas ele está melhorando, está bem melhor do que estava. Espero que isso não aconteça nunca mais”, resumiu.

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