terça-feira, 5 de abril de 2011

TRAGÉDIA NO JAPÃO - RADIAÇÃO.

Vazamento de água radioativa no mar foi detido, diz operadora de usina

Produto químico deteve vazamento do reator 2 de Fukushima Daiichi.
Autoridades tentam estabilizar usina nuclear abalada por tremor e tsunami.

Do G1, com agência internacionais
A Tokyo Electric Power (Tepco), empresa que opera a usina nuclear Fukushima Daiichi, informou nesta quarta-feira (6) que o vazamento de água radioativa no Oceano Pacífico parou, segundo as agências Kyodo e Jiji.

A água vinha do reator 2 da usina, um dos danificados pelo terremoto seguido de tsunami que devastou regiões costeiras do país em 11 de março.

Os funcionários da usina descobriram na semana passada um buraco de 20 centímetros na parede de um fosso técnico, próximo à beira-mar, e com comunicação com o reator 2.

Um volume importante de água contaminada estava escapando ininterruptamente por ali, mas os técnicos não conseguiam tampar a fissura, apesar de tentativas de cimentá-la e tapá-la com outros materiais.

Na terça-feira, eles fizeram perfurações mais acima, no caminho da água, e injetaram cristal solúvel (silicato de sódio) no solo, o que deteve a fuga de água contaminada logo no início da manhã desta quarta, noite de terça no Brasil.
Foto da usina de Fukushima Daiichi em 1º de abril mostra os reatores 1, 2, 3 e 4. A imagem foi divulgada pelo Ministério da Defesa do Japão (Foto: Reuters)
Foto da usina de Fukushima Daiichi em 1º de abril mostra os reatores 1, 2, 3 e 4. A imagem foi divulgada pelo Ministério da Defesa do Japão (Foto: Reuters)
Radiação em peixes

O Japão se comprometeu nesta terça a reforçar a vigilância sobre a pesca, depois do vazamento radioativo no mar.

A elevada radioatividade no mar despertou uma profunda preocupação com a contaminação dos produtos pesqueiros da área, que se soma à existente sobre alguns produtos agrícolas.

Enquanto a pesca em Fukushima continua paralisada, nesta terça foi informado que em águas da vizinha província de Ibaraki foram detectados elevados níveis de iodo radioativo, de 4.080 becquerel por quilo, em um tipo de peixe similar à enguia.

Até agora, o Japão não havia estabelecido um máximo legal de iodo para a pesca, já que a Agência de Segurança Nuclear considerava difícil que o peixe acumulasse radioatividade, mas na atual situação o governo planeja determinar limites semelhantes aos decretados para o caso das verduras.

Na mesma região de Ibaraki, outro peixe mostrou uma contaminação de 526 becquerels de césio radioativo, acima do limite legal de 500 becquerels, o que levou a cooperativa local de pescadores a proibir a captura desta espécie, informou a Kyodo.

Em meio à preocupação pelo impacto da contaminação na indústria pesqueira da área, o ministro da Agricultura e Pesca, Michihiko Kano, assegurou que o governo intensificará as inspeções para verificar a segurança dos produtos.

A fiscalização será reforçada em Ibaraki, mas também na província litorânea de Chiba, ao leste de Tóquio, informou Kano.

A preocupação com a eventual radioatividade no pescado ocorre depois de ter sido detectada contaminação em vários tipos de vegetais de Fukushima e Ibaraki, cuja distribuição foi proibida.
Mulher colhe cogumelos shiitake em estufa na região da usina de Fukushima Daiichi nesta terça-feira (5) (Foto: Reuters)
Mulher colhe cogumelos shiitake em estufa na região da usina de Fukushima Daiichi nesta terça-
feira (5) (Foto: Reuters)
 
Efeitos da radiação nuclear sobre a saúde humana (Foto: Arte/G1)
VALE ESTE MAGNITUDE REVISADO - Entenda o terremoto no Japão (Foto: Arte/G1)
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